Você já percebeu que boa parte dos prédios altos de Porto Alegre são da década de 50 e 60? Isso não é à toa. Até os anos 20, eram as torres das igrejas que dominavam os céus da cidade, mas a partir dos anos 30 a coisa começou a mudar.

Nos anos 30 foram criadas leis de incentivo para a construções verticais, ou seja, quanto mais alto o prédio, mais desconto para a construtora, além da taxação extra para construções térreas. É preciso ter em mente que o objetivo era seguir os moldes dos arranha-céus norte americanos. É preciso reconhecer também que a tendência acabou recebendo adeptos, pois logo começaram a brotar, na pequena península que compõe o Centro de Porto Alegre, os mais altos prédios já ocupados por ricas famílias e empresas. Ter um escritório em um prédio alto era sinônimo de riqueza e requinte.    

O ponto mais alto da capital foi construído em 1958, trata-se do Edifício Santa Cruz, com 32 pavimentos, mais de 100 metros de altura e nada menos do que 120 pilares para sustentar este colosso. É uma obra impressionante e o retrato de uma época. No entanto, nem tudo era positivo nessa afã vertical, pois as edificações muito altas em um espaço tão limitado, acabaram acarretando a dificuldade de circulação tanto de pessoas quanto da brisa do guaíba.

Foi em 1959 que o vale tudo da construção civil acabou através do primeiro Plano Diretor urbanístico para a cidade de Porto Alegre, demandando limitações de 70 metros de altura máxima para prédios sem recuo. Em 1979, isso mudou para 30 metros.

Agora que você conheceu um pouco mais a respeito da história dos prédios altos de Porto Alegre, porque não aproveita para conhecer um pouco mais sobre a linha de Desenho Técnico da Casa do Papel. Ela é toda voltada para engenheiros e arquitetos, profissionais ou estudantes.   

Construção do Prédio Santa Cruz, o prédio mais alto de porto alegre.